E por falar em relatividade na ética e na moral:
É certo aquilo que eu penso ser certo, mesmo sendo errado.
A frase acima aborda o conceito de relativismo moral e ético, que sugere que a moralidade e os valores éticos são subjetivos e podem variar de pessoa para pessoa, de cultura para cultura, ou seja, os conceitos de certo e errado deixam de ser universais ou absolutos e passam a ser definidos individualmente, baseados na percepção ou convicção de cada pessoa.
Aqui faço uma crítica ou destaque do problema do relativismo extremo, em que cada indivíduo define sua própria moralidade sem considerar valores construídos através de convenções sociais ou princípios objetivos há muito tempo postulados no pensamento histórico de disciplinas como a Filosofia e a Teologia Cristã. Nesse contexto, uma pessoa pode justificar ações objetivamente erradas simplesmente porque acredita que elas são corretas. Isso levanta questões importantes:
COMO LIDAR COM ESSE RELATIVISMO ÉTICO SEM SER AFETADO POR ELE OU OFENDER QUEM PENSA E AGE DESTA MANEIRA? COMO LIDAR COM O DILEMA ENTRE A PERCEPÇÃO INDIVIDUAL E A REALIDADE OU VALORES COMPARTILHADOS SEM, NO ENTANTO, JUSTIFICAR AÇÕES MORALMENTE CONDENÁVEIS? SE NÃO HÁ CRITÉRIOS UNIVERSAIS, COMO PODEMOS DEFINIR O QUE É CERTO OU ERRADO EM SITUAÇÕES DE CONFLITO?
A Bíblia oferece princípios claros sobre como lidar com os dilemas entre percepção individual e valores compartilhados e sobre a definição de certo e errado. Ela apresenta um padrão absoluto de moralidade baseado no caráter de Deus [1], que guia as ações humanas e transcende perspectivas subjetivas. Vamos examinar as questões à luz das Escrituras.
Ao enfrentar dilemas éticos, os cristãos são chamados a:
A Bíblia nos ensina que a solução para dilemas morais e conflitos éticos não reside no relativismo ou na percepção subjetiva, mas na submissão à vontade de Deus e aos valores absolutos revelados em Sua Palavra. Ações corretas devem ser avaliadas à luz de princípios objetivos de justiça, amor e verdade, enraizados no caráter e na Palavra de Deus. Ela rejeita justificativas pessoais para ações erradas, porque nossas percepções podem ser falhas e enganosas (Jeremias 17:9: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas."). A solução está em submeter nossas decisões à orientação divina e em viver de forma que glorifique a Deus e beneficie o próximo. Somente assim teremos uma base sólida para enfrentar os desafios éticos que nos são apresentados no dia a dia.
[1] Dica de leitura: "O Conhecimento do Santo" - A. W. Tozer